quarta-feira, 5 de junho de 2013

Marina Tsvietaieva

 

A Inês Dias recomendou-o, no facebook, creio, e o Ricardo mencionou-o enquanto visitávamos a Feira do Livro. Obrigado aos dois. Adorei os Indícios Terrestres de Marina Tsvietaieva, um pequeno livro publicado pela Relógio d'Água que reúne fragmentos dos diários que a poetisa russa escreveu em Moscovo, entre 1917 e 1919. Gostei especialmente das suas reflexões sobre a poesia e os poetas, de quem ela diz que «apagam sempre as suas pistas». «A tarefa do poeta: após descobrir - encobrir», escreveu ela, para mais tarde acrescentar: «É preciso escrever apenas aqueles livros por cuja ausência se sofre. Numa palavra: os próprios livros de cabeceira». Tão justo!

Da velhice

Deu trabalho
levou muito tempo
mas consegui
voltar a ser criança

Da velhice

Tudo por fazer
como sempre
mas agora
irremediavelmente

L'avenir est rare

«L'avenir est rare, et chaque jour qui vient n'est pas un jour qui commence. Plus rare encore est la parole qui, dans son silence, est réserve d'une parole à venir et nous tourne, fut-ce au plus près de notre fin, vers la force du commencement».
Maurice Blanchot in La voix venue d'ailleurs

segunda-feira, 3 de junho de 2013

La vie matérielle

Marguerite Duras in La Vie Matérielle: "Trés vite c'est trop tard dans la vie".

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